Ações terapêuticas.
Hipnótico.
Propriedades.
A sufentanila é um analgésico do tipo
opioide, 10 vezes mais potente que a fentanila na anestesia geral equilibrada e
5 a 7 vezes mais potente que a fentanila quando administrada como anestésico
principal com 100% de oxigênio. Não produz liberação de histamina. Uso
intravenoso: em doses = 8mg/kg produz hipnose e anestesia sem necessidade de
outros fármacos; o nível de anestesia obtido é profundo. Com 25 mg/kg atenua a
resposta simpática ao estresse cirúrgico. Inicia sua ação rapidamente e o
acúmulo é limitado. A eliminação rápida dos depósitos tissulares favorece uma
recuperação mais rápida que com doses equipotentes de fentanila. Em doses de 20
mg/kg reduz o volume intracraniano de forma mais adequada que a fentanila para
a craniotomia. A rigidez do músculo esquelético, que pode ocorrer se não forem
tomadas medidas adequadas, relaciona-se com a dose e a velocidade de
administração.A farmacocinética é tricompartimental, com uma meia-vida de
distribuição de 1,4 minuto, uma meia-vida de redistribuição de 17,1 minutos e
uma meia-vida de eliminação de 164 minutos. Uso epidural no parto: a ação
começa após 10 minutos da administração junto com bupivacaína; a duração média
da anestesia é de 1,7 hora quando são administrados entre 10 e 15 mg.
Indicações.
Via intravenosa: analgésico
coadjuvante da anestesia geral equilibrada, anestésico principal (indução e manutenção)
com oxigênio a 100%. Epidural: no parto.
Posologia.
A dose deve ser individualizada e os
sinais vitais monitorados constantemente durante a administração. Em pacientes
obesos, a dose é calculada sobre a base do peso magro corporal. Coadjuvante da
anestesia: IV, até 8 mg/kg. Anestésico primário: IV, = 8 mg/kg. A utilização de
outros anestésicos, sedativos ou ansiolíticos requer a redução da dose de
sufentanila ou dos outros agentes. Crianças: para indução e manutenção da
anestesia recomendam-se doses de 10 a 25 mg/kg; doses adicionais entre 25 e 50
mg são recomendadas para a manutenção caso seja observado abrandamento da
anestesia.
Reações adversas.
Depressão respiratória, rigidez do
músculo esquelético. Retenção urinária após o uso epidural.
Precauções.
Depressão respiratória causada pelos
analgésicos opioides pode ser revertida por antagonistas opióides (naloxona).
Usar com precaução em pacientes com dificuldade respiratória ou com doença
hepática ou renal. Por não existirem provas conclusivas, recomenda-se não usar
no primeiro trimestre da gravidez a menos que o benefício para a mãe supere o
risco potencial para o feto. O aleitamento deve ser suspenso. A segurança e a
eficácia em crianças menores de 2 anos não foram estabelecidas.
Interações.
Pode produzir bradicardia e hipotensão
nos pacientes tratados cronicamente com antagonistas do cálcio e
betabloqueadores. Com outros agentes ativos sobre o SNC pode ocorrer sinergismo
com a sufentanila.
Contraindicações.
Hipersensibilidade ao fármaco.