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PENTOBARBITAL


Ações terapêuticas.

Hipnossedativo. Anticonvulsivante.
Propriedades.
Como os demais barbitúricos, age como depressor não-seletivo do SNC e sua ação parece estar relacionada com a capacidade de aumentar ou mimetizar a ação inibidora sináptica do ácido gama-aminobutírico (GABA). Pode produzir alterações no humor, que variam de excitação à sedação, à hipnose e finalmente ao coma profundo. A superdose pode ser mortal. Como sedativo hipnótico, o pentobarbital deprime o córtex sensorial, diminui a atividade motora, altera a função cerebral e produz sonolência, sedação e hipnose. A ação seria exercida em nível do tálamo, inibindo a condução ascendente dos impulsos nervosos até o cérebro. Como anticonvulsivante, inibe a transmissão monossináptica e polissináptica no SNC e aumenta o limiar de estimulação elétrica no córtex motor.Para esse uso deve ser administrado em doses anestésicas, pois as doses menores favorecem o desenvolvimento das convulsões. É um importante depressor respiratório, efeito que depende da dose administrada. Estudos em animais têm demonstrado que reduz o tônus e a contratilidade do útero, uréter e bexiga, mas não nas doses hipnossedativas utilizadas em seres humanos. Induz as enzimas microssômicas hepáticas e modifica o metabolismo dos barbitúricos e de outros fármacos. Sua absorção por via oral, parenteral e retal é variável; a velocidade de absorção aumenta quando o pentobarbital é ingerido bem diluído com estômago vazio. Os efeitos aparecem a partir dos 10 a 15 minutos por via oral ou retal, um pouco mais rápido por via intramuscular e quase instantaneamente por via intravenosa.A duração da ação é de 3 a 4 horas. Pertence aos barbitúricos de ação curta, como o secobarbital. A tolerância ao pentobarbital desenvolve-se após duas semanas de administração contínua, portanto somente é útil para tratamento de curto prazo. Distribui-se rapidamente a todos os tecidos e líquidos corporais e seu metabolismo realiza-se quase exclusivamente em nível hepático.
Indicações.
Insônia (tratamento de curto prazo): indução e manutenção do sono. Coadjuvante da anestesia. Episódios convulsivos agudos (em doses anestésicas) como os associados a estados epilépticos, cólera, eclâmpsia, meningite, tétano e reações crônicas à estricnina. Tratamento da hipertensão intracraniana (isoladamente ou como coadjuvante) associada à síndrome de Reye.
Posologia.
Via oral: como sedativo hipnótico a dose em adultos é de 100 mg ao se deitar. A dose pediátrica como hipnótico não foi estabelecida: como sedativo pré-operatório é de 2 a 6 mg por quilo de peso corporal a cada 24 horas, até um máximo de 100 mg por dose. Via intramuscular e intravenosa: a dose em adultos é de 150 a 200 mg como hipnossedativo por via intramuscular. Doses pediátricas: 2 a 6 mg por kg de peso corporal por dose, via intramuscular (dose máxima: 100 mg). Não existe dose definida como anticonvulsivante por via intravenosa; a dose deve ser regulada em função dos efeitos; a dose inicial habitual é de 100 mg para um adulto de 70 kg e deve ser incrementada gradualmente, quando necessário, até um máximo de 500 mg. Por via intravenosa a dose pediátrica deve ser proporcional ao peso em relação à dose recomendada para adultos. Via retal. Adultos: 120 a 200 mg de pentobarbital sódico (hipnótico); crianças de 12 a 14 anos: 60 a 120 mg; de 5 a 12 anos: 60 mg; de 1 a 4 anos: 30 a 60 mg; de 2 meses a 1 ano: 30 mg.
Superdosagem.
Na superdose aguda observa-se depressão do sistema nervoso central e respiratório que evolui à respiração de Cheyne-Stokes, arreflexia, ligeira constrição das pupilas, oligúria, taquicardia, queda da temperatura corporal e coma. Pode produzir-se a síndrome típica de choque (apneia, colapso circulatório, parada respiratória e morte). Na superdose extrema pode cessar a atividade elétrica do cérebro, o qual não indica necessariamente morte clínica, pois esse efeito pode ser reversível, exceto se existir lesão hipóxica. Outras complicações são a pneumonia, edema pulmonar, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca congestiva e insuficiência renal. Tratamento: principalmente de suporte, que inclui manutenção de uma via aérea acessível, monitoramento do equilíbrio de líquido e sinais vitais; forçar a diurese se não existirem alterações renais. Devem ser administrados antibióticos caso haja suspeita de desenvolvimento de pneumonia.
Reações adversas.
Hipoventilação, apneia, laringospasmo, broncospasmo, hipertensão, osteopatia ou raquitismo. Em pacientes geriátricos ou debilitados pode provocar confusão, depressão mental e excitação não-habitual. Em raras ocasiões observam-se precordialgias, mialgias, artralgias, síndrome de Stevens-Johnson, alucinações, dermatite exfoliativa, rash cutâneo, dor de garganta, febre, agranulocitose, trombocitopenia, inchaço das pálpebras. O uso prolongado pode provocar perda de peso, debilidade muscular ou coloração amarelada na pele como consequência da sua hepatotoxicidade. Desenvolvimento de dependência: as manifestações da síndrome de abstinência diante dos barbitúricos podem ser muito graves e até mortais.
Precauções.
O pentobarbital é teratogênico, portanto não deve ser administrado em mulheres grávidas ou com possibilidade de estarem grávidas. Os barbitúricos atravessam a barreira placentária e distribuem-se nos tecidos fetais, principalmente no cérebro e no fígado; esse fato foi vinculado com o incremento de risco de desenvolver tumores cerebrais em crianças que estiveram expostas na etapa fetal. No último trimestre pode produzir dependência física e dar lugar a sintomas de supressão no neonato, os quais podem estar acompanhados por crises convulsivas e hiperirritabilidade até 14 dias após o nascimento. Durante o parto, em doses hipnóticas, pode diminuir a atividade uterina e produzir depressão respiratória no neonato, em especial nos prematuros. Por ser excretado no leite materno, seu uso durante a lactação pode induzir depressão do SNC nos lactentes.Algumas crianças podem sofrer excitação paradoxal. Os idosos podem reagir com excitação, confusão ou depressão mental e um risco elevado de hipotermia, mesmo com doses habituais do fármaco.
Interações.
Paracetamol, medicamentos que produzem adição (em especial os depressores do sistema nervoso central), corticosteroides, ciclosporina, dacarbazina, glicosídios cardiotônicos, levotiroxina, quinidina, anestésicos hidrocarbonetos halogenados, anticoagulantes derivados da cumarina ou da indandiona, anticonvulsivantes do grupo da hidantoína, antidepressivos tricíclicos, ácido ascórbico, bloqueadores dos canais de cálcio, carbamazepina, inibidores da anidrase carbônica, medicamentos que produzem depressão do sistema nervoso central, anticoncepcionais orais que contenham estrogênios, ciclofosfamida, disopiramida, diuréticos da alça de Henle, guanadrel, guanetidina, ácido valproico, doxiciclina, fenoprofeno, griseofulvina, haloperidol, medicamentos que produzem hipotermia, cetamina, folinato de cálcio, loxapina, fenotiazinas, tioxantenos, maprotilina, metilfenidato, mexiletina, inibidores da monoaminoxidase, primidona, vitamina D, xantinas como a teofilina, aminofilina, cafeína e teofilinato de colina.
Contraindicações.
Hipersensibilidade aos barbitúricos. Porfiria, anemia grave, asma, diabetes mellitus, pacientes com antecedentes de abuso ou dependência de drogas, insuficiência ou coma hepático, hiperquinesia, hipertireoidismo, hipoadrenalismo limítrofe, depressão mental ou tendências suicidas, insuficiência ou hipertensão. 

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